sábado, 31 de janeiro de 2009

Terapia Ocupacional na Oncologia


As atuações dos terapeutas ocupacionais no campo de Oncologia englobam diferentes aspectos, ora mais envolvidos com o referencial da reabilitação física, ora mais envolvidos com a saúde mental do paciente e, ainda, no aspecto do impacto da hospitalização ao paciente e sua família.
A intervenção pode ocorrer em diversos níveis, sendo consideradas as ações em prevenção e promoção da saúde, em recuperação, em reabilitação (como um dos níveis), em humanização do ambiente hospitalar, em cuidados paliativos. A assistência em Terapia Ocupacional deve ocorrer desde a fase do diagnóstico até a alta ou a fase da terminalidade.
As populações atendidas no âmbito da oncologia são diversas, desde a população pediátrica até o idoso. Os locais de atendimento também: unidades básicas de saúde, centros de saúde, hospitais, ambulatórios, serviços de quimioterapia e radioterapia, domicílio, casas de apoio.
Dentro deste amplo campo, os profissionais explicitam diversos objetivos em sua atuação, a depender da especificidade do referencial teórico-metodológico adotado, bem como da população atendida e do tipo de instituição prestadora do atendimento:
*Auxiliar o paciente a enfrentar doença e superar suas possíveis complicações, atenuando o impacto da doença;
*Ajudar na elaboração do luto vivido pelo paciente e pela família (pelas diversas perdas inerentes à doença e ao tratamento);
*Aumento / resgate da auto-estima do paciente e do equilíbrio emocional;
*Proporcionar a manifestação de potencialidades, da inteligência e da criatividade;
*Manutenção ou recuperação da capacidade funcional;

*Estimulação e /ou manutenção do desenvolvimento neuropsicomotor (no caso de crianças);
+Prescrição de estratégias para diminuição da dor;
*Orientação quanto a medidas de conservação de energia;
*Prevenção de incapacidades e deformidades;
*Adaptação às mudanças trazidas pela doença (atividades de vida diária básicas e instrumentais, atividades de trabalho, atividades de lazer, etc.), construindo com o paciente possibilidades de gerar independência, autonomia e prazer em seu cotidiano;
*Minimização do impacto da doença no cotidiano do paciente, ajudando em sua reorganização;
*Estruturar e possibilitar a retomada e/ou a assunção de papéis laborativos pelo paciente
*Reintegração ao convívio social, com a melhor qualidade de vida possível;
*Orientação e apoio / suporte emocional ao paciente, família e cuidadores;
*Promoção de parceria entre paciente, familiar e/ou cuidador;
*Atuação em Cuidados Paliativos;
*Humanização da assistência.
O conceito de funcionalidade é citado diversas vezes como foco da atuação do terapeuta ocupacional, de uma maneira ampla, englobando as funções biológicas, psicológicas, sociais e espirituais do indivíduo atendido. O modelo da CIF (Classificação Internacional de Funcionalidade) também é citado como embasamento para este conceito, ressaltando-se que “Atividades e Participação Social” encontram-se no mesmo nível de investimento das “Estruturas e Funções Corporais”.

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