quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

A terapia ocupacional na reabilitação do portador de Alzheimer


A reabilitação entendida como forma de terapia que ajuda uma pessoa fazendo com ela alcance o seu nível mais elevado de habilidades e funcionamento é tratada nesse estudo colocando a intervenção do Terapeuta Ocupacional como um dos profissionais indispensáveis na equipe de reabilitação do portador de Alzheimer, mesmo sabendo que ainda não se pode evitar, modificar ou deter o avanço da demência tipo Alzheimer. As formas pelas quais a família e o paciente vivem a evolução desse processo podem ser auxiliadas por meio de uma gama de abordagens

Não há cura para a doença de Alzheimer. Dificilmente, esta é uma informação nova. Pensando dessa forma pouco ou nada pode se fazer em matéria de Reabilitação quando o assunto é Doença de Alzheimer. Mas, o que é Reabilitação? Reabilitação é uma forma de terapia que ajuda uma pessoa, fazendo com que ela alcance o seu nível mais elevado de habilidades e funcionamento.

No processo de reabilitação do paciente portador de Alzheimer, o Terapeuta Ocupacional parte de uma avaliação funcional utilizando protocolos e baterias de avaliação existentes que, hoje são abrangentes e multi dimensionais. São baterias que avaliam as funções cognitivas, a complexidade dos aspectos sociais, comportamentais e outros. Ao se optar por um desses protocolos recomenda-se atenção para os critérios de diferenciação, de confiabilidade, de conteúdo, de construção, etc. Assim: o instrumento utilizado para a avaliação deve ter uma base conceitual fundamentada no curso natural da doença de Alzheimer; ser prático e possuir propriedades psicométricas adequadas; importante para a população avaliada, suficientemente sensível para permitir que as alterações no desempenho sejam documentadas, incluir as funções de Atividades da Vida Diária- AVDs e Atividades de Vida Prática- AVPs; não medir apenas se o indivíduo é capaz de realizar as atividades mas, incluir a natureza das dificuldades funcionais.

Terapeuta Ocupacional vai realizar atividades com o portador de Alzheimer porque ele sabe que:– o fazer, a ação, o agir, são necessidades de todo ser humano;– reverter o processo da doença ainda não é possível, mas o fato do paciente realizar atividades, estimula-o a usar suas capacidades remanescentes e ajuda-o a mantê-las, é um trabalho de prevenção e manutenção;– a atividade pode ajudar a diminuir a agitação, “os rotulados comportamentos problemas”, por que usamos atividades para dar apoio aos comportamentos positivos e reduzir e ou eliminar os comportamentos indesejados, negativos;– a atividade é um meio para comunicação verbal e não verbal;– favorece a qualidade de vida, uma vez que permite sua realização dentro dos limites de autonomia e independência do indivíduo;– ainda que muitas vezes, tenha- se que refazer o que o paciente fez, o importante é dar-lhe oportunidade para que se sinta útil e encontre prazer no que fez;– dá sentido a vida: o importante é que o paciente se ligue, se interesse. A atividade dá um sentido de identidade, de prazer, ajuda a preservar a dignidade da pessoa.

O Terapeuta Ocupacional deve ainda preocupar-se com o ambiente. As intervenções ambientais são baseadas no reconhecimento de que uma pessoa com demência não é mais capaz de se adaptar e por isso o ambiente deve ser adaptado às necessidades específicas do paciente.

O atendimento a pacientes de Alzheimer, sempre quando possível deve ser feito em grupo, pelos benefícios que esse tipo de terapia favorece.

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